O Golo Anulado

De regresso após um período algo longo sem escrever devido a questões técnicas (ai pensavam que ia dizer que foi por preguiça e que me baldei?), o Crónicas Míopes está de volta para atazanar a cabeça a alguns "gajos" que eu cá conheço. Sendo assim, cá vamos.

Falhar um golo que designamos por "golo feito" é das piores coisas que um jogador de futebol pode desejar.

Todavia, ainda no passado sábado, isso aconteceu uma mão cheia de vezes. Ora, porque em vez de mandar a bola para dentro de baliza, preferimos tentar deitar uns pinheiros abaixo. Ora, porque estávamos com os "cornos" (salvo seja) desafinados. Ora, porque os pés estavam ao contrário e nem na bola acertávamos. 

Ou seja, fomos uma cambada de murcões. 

Enfim, perdemos por 2-1 um jogo que podíamos ter "espetado" 5 ou 6 aos "gajos" do duplo cu. 

Cucujães queria eu dizer.

Mas ainda pior que falhar "golos feitos" (afinal ainda há pior) é marcar um golo e o árbitro anular o mesmo.

Depois de um cruzamento perfeito (o meu), ver o António Reis a ter quase um orgasmo mal colocou a bota na bola para a enfiar no buraco foi algo que me doeu na alma. Aquele remate (que deu golo) merecia que o mesmo fosse validado. Era um golo à Van Basten.

O árbitro, ou melhor, o fiscal-de-linha é que não foi na cantiga do "Van Basten" e disse ao António Reis: "Vá! Basta! Tenho que te anular esse golo, senão ainda pensas que és jogador de futebol. Aliás, tu não és aquele rapaz que costuma falhar golos de baliza aberta?"
O António, chateado por ter sido obrigado a praticar o coito interrompido no mundo da bola (para quem não sabe, é o momento em que fazemos o golo, mas não podemos festejar porque foi anulado), quase que aviava um remate nas ventas do fiscal-de-linha, mostrando toda a sua indignação.
É por isso que eu prefiro chutar para fora como fiz frente ao Sanfins quando falhei um golo de baliza aberta. Fiquei chateado? Fiquei.
Mas, pelo menos, não fiquei com o orgasmo entalado entre o escroto e o prepúcio.

O Meu Amigo Joãozito!

Dizem que quando pretendemos conhecer alguém com maior profundidade, deveremos ter em conta pequenos pormenores dessa mesma pessoa, sejam eles gestos, atitudes, posturas ou até artefactos que usem no seu dia-a-dia. 

Pois bem, o meu amigo João é uma daquelas pessoas que já conhecia, mas não assim tão profundamente.

Isso só aconteceu no dia em que se começou a "desenhar" a entrada dele nos veteranos do C.F.Serzedo.

Ainda me lembro quando ele me contactou a pedir informações sobre os veteranos.

Ele queria ingressar no clube e eu perguntei-lhe quais eram as suas qualidades. 

Ele disse-me apenas para lhe dar uma oportunidade que eu rapidamente perceberia o que ele tinha para dar aos veteranos.

Acedi ao seu pedido e contactei o meu caro amigo Arménio Neves que confirmou positivamente o pedido.

Sendo eu um observador nato, logo no primeiro treino, quando o João se equipava e mostrou as cuecas, pude perceber que uma das suas qualidades era a velocidade.

Chegado o primeiro jogo de veteranos, pensei que o João estaria algo nervoso quando na verdade, no momento de se equipar, ele surge com umas cuecas que mostrava bastante confiança pessoal.

Tendo o João percebido que eu havia ficado algo surpreendido com a sua plena confiança, murmurou no meu ouvido o seguinte: "Tem calma. Um "gajo" que é do Benfica, só pode sentir-se o Super-Homem. Sou o maior!".

Não haja dúvidas que ele tinha razão. Nesse dia, o João tinha feito um grande jogo e o facto de ele me ter dito que um benfiquista nunca fica minimamente abalado, fez-me perceber o motivo de ele ter usado estas cuecas após o grande jogo de futebol que realizou.

Contudo, o problema foi quando surgiu o seu primeiro mau jogo. 

Reparei logo, no final do jogo, no balneário, que algo não estava bem com ele.

Ele tinha feito uma borrada enorme no jogo e, pelos vistos, em algo mais...

O pessoal ficou um pouco "chateado" com a péssima exibição do João e obrigou-o a mudar rapidamente de atitude dali para a frente.

Todavia, o facto de ele ter mudado de atitude não impediu que fosse para o banco de suplentes no jogo seguinte, sem sequer ter entrado no jogo.

Por isso, a azia regressou. 

Ele ficou com umas trombas por não ter jogado que isso ficou bem vincado quando se vestiu sem sequer ter tomado banho.

Mas lá no fundo, o João percebeu que havia errado e havia pago por isso.

Assim, seguindo um pouco a moda de outros futebolistas que usam chips nas chuteiras para poderem exibir-se no máximo das suas capacidades, também o João resolveu colocar uns chips, de modo a que, todos os jogos que realizasse, fosse sempre o melhor em campo.

Sendo assim, não foi de admirar as cuecas que passou a usar em todos os jogos dos veteranos.

Apesar de ter entrado triunfante nos veteranos do C.F.Serzedo, o João passou também por momentos de  dificuldade, tal como qualquer outro atleta de futebol.

Mas isso não o impediu de ser um lutador, pois nunca desistiu dos seus objectivos.

Agora, no final dos jogos, depois de tomar o seu banho, ele veste sempre estas cuecas, definindo aquilo que ele é no seu íntimo: um lutador como Rocky Balboa.

E assim, pelos pormenores, se conhece verdadeiramente as pessoas.

Não ando na noite

Podia ter sido um grande jogador de futebol, mas a verdade é que nunca o fui porque não ando na noite.

Sim, é verdade!

Foi o facto de não andar na noite que me retirou quaisquer possibilidades de ser um Xavi Hernandez, por exemplo.

Isto porque quando a noite chega, sou "obrigado" a deixar o terreno de jogo para quem sabe movimentar-se na escuridão. 

Ontem, no jogo frente à Sanjoanense, o "raio" da noite não me deixou brilhar mais uma vez.

Mal o sol se pôs e o jogo chegou ao intervalo, o mister, no balneário, disse que ia haver uma alteração na equipa. 

Quem ia sair? Eu, pois claro...

Lá tive mais uma vez que deixar o talento de lado, num jogo que até me estava a sentir bem fisicamente.

Ah, se não fosse a noite...

Até onde teria chegado?

É melhor nem pensar nisso...

Entrando nos Eixos

Com o intuito da equipa de veteranos do C.F.Serzedo entrar nos eixos, após dois empates consecutivos, fomos no passado sábado jogar ao terreno do Eixense em jogo a contar para o reforço da amizade entre atletas veteranos de futebol. Para quem não sabe, a equipa que defrontamos localiza-se no Eixo, em Aveiro.

Se já na noite anterior os benfiquistas tinham levado um belo banho no Estádio da Luz (derrota 3-2 frente ao GRANDE F.C.PORTO), coube a nós, serzedenses, levar também um banho, não de futebol, mas de chuva persistente antes, durante e após o jogo contra o Eixense. 

Assim, quando lá chegamos reparamos imediatamente que o terreno de jogo poderia servir para muita coisa, menos para jogar futebol. Isto devido à constante chuva que caía e tornava o relvado natural num lamaçal. 

Se alguém tinha "olhinhos" nos pés, naquele terreno de jogo ficava logo ao mesmo nível que eu: míope.

O jogo foi, de certo modo, equilibrado e terminou empatado 3-3.

O resultado foi o que menos importou, pois o objectivo era confraternizar e conhecer novos colegas no futebol.

De qualquer forma, que aspectos mais importantes foram retirados do jogo de futebol?:

• Para começar, pude perceber que o Cunha "Cobra Cuspideira" não andou às cuspidelas com o adversário; e que o guarda-redes do Eixense é um "gajo" porreiro, pois não saiu disparado da baliza para "deitar abaixo" o Adolfo.
• Para além disso, confirmou-se que o Quimzé é um chato do caraças, pois não se cala nem por uns míseros minutos. Por este motivo, tentamos vende-lo ao Eixense. Contudo, essa tentativa saiu frustrada, pois eles já conheciam a "peça".
• Por outro lado, foi notório que o Arménio sente-se como peixe na água quando joga em terrenos pantanosos; que o Manuel Amaro não marca golos nem ao Arsenal de Serzedo quanto mais ao Eixense; e que o Mendonça tornou-se titular só por causa do negócio da prostituição alimentar que se mantém de vento em popa.
• Por fim, deixo uma palavra de apreço ao Zézé que continua a fazer passes mortíferos...para o adversário fazer golo; e deixo um incentivo a mim mesmo: comprar uns óculos graduados para jogar futebol, do género óculos à Edgar Davids. 

Como conclusão, só posso dizer que se continuarmos a jogar assim, vamos ganhar à Sanjoanense...mas só em sonhos ou na Playstation...

Campo do Eixense

Prostituto de Almoços

Ultimamente, tenho ficado absolutamente surpreendido com a proliferação de almoços que têm juntado os atletas veteranos do C.F.Serzedo. Ora vão em bando, ora vão dois a dois.

Como se não bastasse este ajuntamento súbito, ainda lhes sobra coragem para colocar, no grupo dos veteranos que existe no facebook, fotos dos pratos pedidos como que indicando uma alegria divina perante aqueles que não têm participado na faustosa festa.

Contudo, a razão desta crónica não se prende com o(s) almoço(s) em si, mas sim com o facto de haver um elemento constantemente presente em todos esses eventos. Ele está em todas!

Dizer-se-ia, por esse motivo, que se está perante um verdadeiro caso de prostituição alimentar, pois o referido indivíduo "come" com todos e ainda, segundo o próprio, diz que "...gostava era de poder fazer isto mais vezes e com muitos mais ditos amigos, porque isto é que nos faz bem em todos os sentidos!!!"

Está mais que visto que este indivíduo tem procurado "engordar" a sua lista de "amigos", de modo a comer com todos os que lhe apareçam à frente. O objectivo passa, então, a ser o seguinte: "aviar" o plantel inteiro dos veteranos do C.F.Serzedo.

Tendo-me debruçado sobre esta situação problemática, posso dizer que só encontro paralelo com um caso que vi há uns bons anos atrás: "O Caso do Sebastião come tudo, tudo, tudo..."

Estamos perante uma réplica do caso acima destacado.

Por favor, detenham esse "prostituto de almoços" antes que ele faça estragos e coloque o nosso plantel a comer uns com os outros... :-)